Eu quem sou para chore e interrogue?
Eu quem sou para que te fale e te ame?
Eu quem sou para que me perturbe ver-te?
Larga do cais, cresce o sol, ergue-se ouro,
Luzem os telhados dos edifícios do cais.
Todo o lado de cá da cidade brilha..."
ODEMAR
adaptação de ODE MARÍTIMA de Fernando Pessoa....um cenário palco que possibilita a aproximação total da cena com a platéia e consegue instaurar sensações.
O texto narra a história de um homem que, diante do mar num porto marítimo deserto, ao observar a rotina de barcos e navios, entra em delírio extremo, fantasiando sobre as sinistras coisas e tudo que terá acontecido sobre as ondas e nas noites escuras das antigas navegações.
"Ah, todo o cais é uma saudade de pedra!
E quando o navio larga do cais
E se repara de repente que se abriu um espaço
Entre o cais e o navio,
Vem-me, não sei porquê, uma angústia recente,
..." E quando o navio larga do cais
E se repara de repente que se abriu um espaço
Entre o cais e o navio,
Vem-me, não sei porquê, uma angústia recente,
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