Nos meses de julho e agosto, todos os 16 espaços culturais administrados pela Secretaria de Cultura do Estado recebem a Mostra Glauber, que vai exibir gratuitamente sete filmes do cineasta baiano Glauber Rocha. Na programação, constam clássicos do Cinema Novo como Deus e o Diabo na Terra do Sol e Terra em Transe, e também filmes menos conhecidos como Barra Vento e O Leão de 7 cabeças.
O evento dá continuidade à política da Secult para dinamização dos espaços culturais, que recebem ainda, dentro de sua programação anual, manifestações artísticas, palestras e outros eventos culturais.
A iniciativa integra o Circuito Popular de Cinema e Vídeo – CPCV, a cargo da Diretoria de Audiovisual – Dimas e serão beneficiadas, Além de Salvador, outras 12 cidades do interior da Bahia, incluindo Juazeiro.
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LOCAL | PROGRAMA DE | DATA | HORARIO |
CENTRO DE CULTURA JOÃO GILBERTO | BARRA VENTO/PATIO | 07 DE JULHO | 17:00 |
CENTRO DE CULTURA JOÃO GILBERTO | DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL | 14 DE JULHO | 17:00 |
CENTRO DE CULTURA JOÃO GILBERTO | TERRA EM TRANSE | 21 DE JULHO | 17:00 |
CENTRO DE CULTURA JOÃO GILBERTO | O DRAGÃO DA MALDADE CONTRA O SANTO GUERREIRO | 28 DE JULHO | 17:00 |
CENTRO DE CULTURA JOÃO GILBERTO | O LEÃO DE 7 CABEÇAS | 04 DE AGOSTO | 17:00 |
CENTRO DE CULTURA JOÃO GILBERTO | A IDADE DA TERRA | 11 DE AGOSTO | 17:00 |
João Leopoldo Viana Vargas
Coordenador do CCJG
5 comentários:
O horário das sessões ficou muito ruim! Vocês fizeram uma anélise do público alvo dessa mostra? Horário péssimo.
Em dois meses de Juazeiro, já me tornei um frequentador habitual do Centro de Cultura João Gilberto. Mas sempre vou ao teatro do CCJG e não tinha me dado conta que lá há espaço para projeções. Vou prestar atenção da próxima vez. Quanto ao horário de exibição para Glauber, concordo com o outro rapaz que ficou meio esquisito. Pelos meus horários de trabalho ficou tranquilo pra mim, mas imagino que pra maioria, e até pra estudantes do vespertino, fica complicado prestigiar. Bem, quinta apareço por aí. Um abraço!
Fui ver O santo guerreiro na última quinta, um dos melhores momentos da estética de Glauber Rocha. Vi este filme quando tinha 12 anos... e nenhuma maturidade para entender a pérola que eu tinha diante de mim. Filme seco, duro, doce e amargo, irretocável em sua dureza de sons e imagens. O tom teatral desenvolve a denúncia da miséria, do coronelismo e da terra-sem-lei em que se materializava um nordeste isolado e hostil, como um deserto no meio do oásis - e tudo isso omo pano de fundo! A história central é um jogo de Glauber a parte; a tarefa de Antônio das Mortes não é mais só um ofício, mas uma obsessão, uma tarefa quase messiânica, a estilo de Antônio Conselheiro, direta e indiretamente citado no filme mais de uma vez.
Foi muito bom rever Othon Bastos, Maurício do Valle, Hugo Caravana e meu conterrâneo Jofre Soares. Um reencontro com o universo Glauber, um marco da cinematografia MUNDIAL e da história contemporânea brasileira. O engraçado (pra mim) é que por muitos anos a única referência que eu tinha de Maurício do Valle eram Os Trapalhões, onde ele fazia várias pontas em que invaravelmente, era o bandido da história. A pecha da vilania o acompanhou, seja pela pesada "carga" do personagem, seja pela constituição tacitura e o semblante carregado. Enfim, só vim me dar conta de suas referências fora dos Trapalhões no dia do anúncio de sua morte, quando o Jornal Nacional fez referência ao Santo Guerreiro, mostrando aquela cena icônica de maculelê entre Antônio da Mortes e Coirana.
Foi muito bom, e sim, obrigado aos que ficaram até o final!
(tem mais coisa, melhor voltar aqui com mais tempo)
:)
Bem, o contraponto.
Acho super válido o aproveitamento d espaços para projeção, afinal no Brasil ou você é multi-uso ou as coisas não funcionam. Criatividade é importante mesmo, e assim se abre mais um canal, mais um meio de chegar ao público.
Mas:
1) acharia IGUALMENTE VÁLIDO que se orientasse aos que ali param para ver ou aos presentes no ambiente imediatamente circunscrito QUE ALI SE EXIBE UM FILME e as conversas paralelas podem ser levadas a outro ambiente, ao menos se esta conversa se estende e se é feita em volume de quem está em uma feira.
2) Nada tenho contra quem fuma, vários dos meus melhores amigos ainda são fumantes, mas que tal ir fumar o seu cigarro no inferno e não junto a um ambiente de projeção onde quem está ali assistindo não tem nem pra onde correr?
Em resumo, gente, acho importante dar uma sinalizada, algum tipo de referência pra quem chega se tocar. Muito bom o trabalho de vocês! Valeu!
Para o filme de hoje, "O Leão de Sete Cabeças". Cara, um roteiro a NÃO ser perdido!
http://www.tempoglauber.com.br/glauber/Filmografia/leao.htm
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